quinta-feira, 25 de março de 2010

Engolir sapos, engasgar, descascar abacaxis, enrolar a língua... seja como for ou que gíria se encaixe pra aquele nó na garganta, segurá-lo, retê-lo e continuar, é difícil.
Aguentar a cabeça e o coração brigando é péssimo, eu não me meto, o problema é que o que ganhar me leva junto. E viro escravo. Digo sim quando quero dizer não, sorrio quando quero chorar, fico quando quero ir... sofro quando só queria paz... .
A dor de aguentar a consequência dessa "briga de marido e mulher" é coisa de louco porque, nem sempre a coisa certa a se fazer é a melhor pra você. Reter sua opinião, colocar a sua violinha no saco, se encolher na sua [in]significância é papel árduo. Árduo mas não impossível. Árduo mas nem sempre maléfico.
Descobri que reter palavras e opiniões muitas vezes é impedir o sofrer, o brigar, a inimizade. Livra, mesmo que nos custe uma prisão temporária. Calar não é sempre consentir, mas é respeitar, é não ignorar o tratado de paz, mas manter a coexistência.
Cuspir pensamentos tem seu preço. Um preço que na maioria das vezes é alto, muita gente em jogo, e poucos conseguem pagar com folga.
Eis a dádiva do inteligir.
Por isso, na hora do impulso, beba água, lubrifique a garganta e engula o choro. Sem demagogia siga em frente, e observe depois de um tempo:
Você amadureceu. 


"Há três coisas que jamais voltam: a flecha lançada, a palavra dita e a oportunidade perdida."
(Provérbio Chinês)

4 comentários:

Cintia Ladeira disse...

Ahh, adorei seu texto, Ju!
Não saia q vc tinha alma de poeta! :)

Juliane Lira disse...

Obrigada, Cici. Mas o alma de poeta é por sua conta. Volte sempre, seus comentários são muito importantes, jornalista.
Um beijo =)

Eva vc me paga disse...

Ju,
Você além de escrever bem, escreve com sabedoria.
Parabéns!
Aprendo muito.

Beijinhos
Rachel

Erika Willeman disse...

òtimo texto Juju!!!
voltei a mexer no meu blog, espero poder fazer isso com mais frequencia!
que Deus continue a te usar!
bjo, te amo!